Vila desde 2001, Sandim teve outrora a moagem de cerais como atividade dominante, graças sobretudo ao Rio Uíma, afluente do Douro, que serpenteia o vasto território Sandinense. Na atualidade, a indústria e a construção civil são os sectores dominantes. Com uma dinâmica social e cultural assinalável, várias são as coletividades que impulsionam Sandim em diferentes áreas desde o teatro ao desporto. Recentemente, junto à Igreja Matriz datada de 1700, renasceu o seu Centro Cívico que oferece aos visitantes largos espaços verdes para os mais variados momentos de lazer.
Área: 15,97km²
Descrição do Brasão: Escudo de prata, um feixe de três espigas de milho de ouro, folhadas de verde e atadas de vermelho; em chefe, à dextra, uma mó de moinho de azul, posta em contra-banda e, à sinistra, uma roda dentada de vermelho, posta em banda; em ponta, três burelas ondadas de azul e prata. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "SANDIM - VILA NOVA de GAIA".
Síntese histórica
Sandim é a vila mais a sul do concelho de Vila Nova de Gaia. Encontra-se já no limite com o vizinho município de Santa Maria da Feira (distrito de Aveiro). Na sua origem, foi uma villa alti-medieval como várias outras suas vizinhas, como é o caso de Villa Meã, Villa Gendi, Villa Cova, entre outras. Por razões que se desconhecem, foi precisamente na Villa de Sandim que se formou a paróquia, ou seja, a sede da paróquia que posteriormente terá alargado a sua jurisdição e a dominância do seu nome às vilas limítrofes.
A Vila de Sandim é atravessada pelo Rio Uíma, afluente do Douro, que em tempos deu origem a uma árdua atividade da moagem de cereais, essencialmente milho. Hoje, ainda restam cinco moinhos (Gassamar, Chão de Moinho, Santa Marinha, Retorta e Arroteias), de rodízio, em funcionamento. O retrato Sandinense é o de uma vasta freguesia, onde o campo acaba por se impor. No século XIX, após a Revolução Liberal, em 1834, Sandim foi Concelho independente. O topónimo tem origem no germânico Sandini, Sendini, ou Sindini - nome próprio. Nas inquirições de D. Dinis, a então freguesia aparece como "Couto do Bispo do Porto" e, em 1527, como "Aldea do Couto de Vila Cova de Sandini". Esta designação conota-se com o Mosteiro de Vila Cova das Donas, dedicado a São Salvador. O convento estava subordinado ao de São Bento de Avé Maria, e terá sido mandado construir por D. Gundezindo, em cumprimento duma promessa feita aquando do nascimento de uma filha, que nasceu deficiente, julgando que o evento se devesse a castigo de Deus. Quando da extinção do convento, as últimas religiosas foram recolhidas no Convento de S. Bento de Avé-Maria, onde se localiza presentemente a estação do mesmo nome. Da primitiva construção ainda existe a capela-mor da igreja, relíquia preciosa onde se venera o S. Brás e a Senhora das Candeias, precisamente no lugar do Mosteiro.
A Igreja Matriz data de 1700. Terá existido, porém, uma outra anteriormente, da qual não restam vestígios, no sítio da Carvalhosa, um terreno de monte. A referida Igreja uma interessante fachada, e no interior e dependências anexas existem valiosas imagens dos séculos XVII e XVIII. Alguns dos 45 lugares da freguesia são muito antigos, como o dão a entender os seus nomes: Crasto, Gougeva, Sá, Mourilhe ou Mouril, Gende, entre outras. De referir ainda que se dispersam por Sandim várias casas abrasileiradas, construídas por habitantes de Sandim que fizeram fortuna no Brasil
Foi vila e sede de concelho até 1834. Era constituído apenas pela freguesia da sede e tinha, em 1801, 1 252 habitantes. Voltou a ter a categoria de vila a 20 de Julho de 2001. Era, territorialmente, a segunda maior freguesia de Vila Nova de Gaia já que a partir de 29 de Setembro de 2013, Sandim é parte integrante da União das Freguesias Sandim, Olival, Lever e Crestuma.
No passado, Olival, foi um importante entreposto fluvial, crucial para o transporte de pessoas e de Vinho do Porto, muito graças à sua situação ribeirinha. Esse facto histórico projeta-se ainda nos dias de hoje, sendo o lugar de Arnelas, com a manutenção de muitas das características do passado, um dos locais mais pitorescos do concelho de Vila Nova de Gaia. Em 19 de Abril de 2001, foi elevada à categoria de Vila. Presentemente, Olival é referenciado diversas vezes nos meios de comunicação social, devido ao Centro de Treinos e Formação Desportiva Porto Gaia, utilizado pelo Futebol Clube do Porto. De mencionar ainda o Centro Cultural e Social de Olival, que entre outras funções, apresenta também um dos melhores auditórios do Concelho Gaiense.
Área: 7,96km²
Descrição do Brasão: Escudo de prata, duas oliveiras arrancadas de verde e frutadas de negro, acompanhadas em chefe de uma flor-de-lis de azul e em ponta de duas coticas ondeadas de azul. Coroa mural de três torres. Listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas: "OLIVAL - VILA NOVA DE GAIA".
Síntese histórica
Ao longo dos séculos, pertenceu a várias jurisdições administrativas diferentes: ao Couto de Pedroso, ao Couto de Crestuma, ao Couto de Sandim e mesmo ao Infantado da Feira. Chamava-se então Ulvar ou Ulval, designação antiga para Olival. O seu povoamento, a julgar pela toponímia, parece ser anterior à própria fundação da Nacionalidade.
Villa Gondozendi remete-nos para o período germânico, através do genitivo do nome pessoal Gondosendo, talvez um possessor daquela época. Villa Lauadores, Villa Sancti Michaleis, locus de Arnelas, locus de Saxum Album ou Villa entre Durio e Vauga vão no mesmo sentido, embora possam corresponder a períodos distintos. Na Idade Média, são abundantes as referências a Olival na documentação relativa ao Mosteiro de Grijó e ao Mosteiro de Pedroso. Referência para o lugar de Arnelas, ao que parece edificado em 1540 sob as ruínas de um lugar anterior, e pertenceu até 1834 ao Couto de Crestuma. Devido ao rio, aos socalcos e aos telhados, alguns estudiosos classificam Arnelas como a mais típica aldeia do concelho de Vila Nova de Gaia.
A 19 de Abril de 2001, foi elevada à categoria de Vila. Localizada na parte sudeste do concelho, desviada dos grandes centros urbanos, a pacata Vila ganhou recentemente uma enorme visibilidade desde que alberga o Centro de Treinos e Formação Desportiva Porto Gaia, que tem como utilizador mais mediático o Futebol Clube do Porto. O clube nortenho encontrou nestas instalações sobretudo um refúgio ao quotidiano agitado na cidade-invicta. Nos últimos anos, Olival tem vindo a melhorar significativamente os seus acessos e mesmo a sua malha industrial cresceu visivelmente, sendo que com isso, o número de habitantes teve também um substancial aumento. A partir de 29 de Setembro de 2013, a Vila de Olival, é também parte integrante da União das Freguesias Sandim, Olival, Lever e Crestuma.
A condição ribeirinha de Lever, junto ao rio Douro, foi uma das razões fundamentais para a fixação de povos ao longo dos tempos. A primeira memória escrita de Lever remonta ao já longínquo ano de 922, ou seja, distante ainda do ano de 1143, data da independência do Condado Portucalense. Vila desde 12 de julho de 2001, Lever na atualidade aposta no setor secundário como base da sua economia, depois de outrora ter uma forte tradição nas áreas da tecelagem, curtumes e pescas. A “Barragem Crestuma-Lever” é o ponto de referência mais mediático do território Leverense, quer pela sua importância e imponência, bem como pelas bonitas paisagens da albufeira. No território de Lever, nota ainda para o Centro Educacional e Ambiental, da Águas Douro e Paiva, que visa sobretudo fomentar uma maior “consciência verde” a quem o visita.
Área: 6,88 km²
Descrição do brasão: Escudo de prata, dois peixes de azul animados de vermelho, o da dextra volvido; em chefe, Cruz da Ordem de Cristo entre dois cachos de uvas de púrpura, sustidos de verde; campanha diminuta ondada de azul e prata de três peças. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: "LEVER".
Síntese histórica
Lever é a Vila mais oriental do concelho de Vila Nova de Gaia. A sua denominação deriva de «villa Liberi», provavelmente um romano que aqui terá vivido na época imperial. O primeiro documento relativo a Lever data de 12 de Junho de 922. Nele, o Bispo de Coimbra, D. Gomado, renunciou ao cargo que ocupava e fez-se religioso no Mosteiro de Crestuma. Nesse dito documento, aparece a designação «heredes de Leverri». A demarcação de Lever como freguesia ocorreu no ano de 1608. Em termos administrativos, pertencia ao Termo da Feira em 1758. Já a 11 de Outubro de 1926, Lever foi integrada no concelho de Vila Nova de Gaia. Mais recentemente, em 12 de julho de 2001, foi elevada à categoria de Vila graças ao desenvolvimento alcançado.
O elemento mais interessante do património da Vila de Lever é a Barragem de Crestuma/Lever, inaugurada em 1985. Uma infraestrutura fundamental para o aproveitamento hidrelétrico do rio Douro e que foi construída ao longo de nove anos. A albufeira que resultou do seu enchimento proporciona belas paisagens. No campo da arqueologia industrial, referência para as antigas instalações da secular Companhia de Fiação de Crestuma, que, apesar deste nome, se encontra na área da Vila de Lever.
No ano de 2007 foi inaugurado o Centro de Educação Ambiental, uma infraestrutura da Águas do Douro e Paiva também localizada em Lever, e que tem como principal missão a estimulação de uma maior e melhor consciência ambiental. Anualmente recebe inúmeras visitas de várias faixas etárias. Na atualidade, com perto de três mil habitantes, Lever tem o setor secundário como base da sua economia, dado que o terciário e o primário têm aos dias de hoje uma importância praticamente residual. Desde 29 de Setembro de 2013, a Vila de Lever integra a União das Freguesias Sandim, Olival, Lever e Crestuma
O passado da Vila de Crestuma leva-nos a viajar largos séculos no tempo, já que os vários vestígios arqueológicos encontrados remontam ao período da Idade Média. A sua localização geográfica na zona ribeirinha do Douro e numa elevação de terreno assinalável, definiu Crestuma como um local com excelentes condições de defesa natural. A dispersão dos terrenos e construções em socalcos, tornam as paisagens Crestumenses como um dos pontos de referência turísticos por quem visita a zona ou viaja pelo Douro. Durante o século XX a indústria têxtil e a fundição impulsionaram Crestuma em várias áreas. Na atualidade, embora com menor fulgor, ainda se mantêm vestígios do setor industrial. O Parque Botânico do Castelo, é outro dos pontos obrigatórios para quem visita Crestuma, quer a nível paisagístico, tal como do ponto de vista arqueológico.
Área: 4,93 km²
Descrição do Brasão: Escudo de ouro, com duas faixas ondadas de azul no contra-chefe. No centro um dobadouro de vermelho, em chefe, à dextra uma fortaleza de negro iluminada de vermelho e à sinistra o escudo de Portugal antigo. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro: "CRESTUMA".
Síntese histórica
A Vila de Crestuma encontra-se no extremo oriental do concelho, e é também, uma das vilas mais a sul de Vila Nova de Gaia. A arqueologia descoberta confirma que o seu povoamento é anterior à fundação da Nacionalidade. Na “Quinta das Galantes”, foram encontrados vestígios de superfície do período romano. No sítio de Gandra, encontram-se restos de uma antiga calçada de datação desconhecida, podendo pertencer ao período Romano, mas também à Idade Média. O chamado Castelo de Crestuma (área correspondente, na atualidade, ao Parque Botânico do Castelo) presume-se também ser datado do período anterior à fundação do nosso país. Situado numa zona com boas condições de defesa natural, revelou a presença de cerâmicas típicas da Idade Média. Já em termos toponímicos, Crestuma deriva de Castrum, povoação elevada, embora radique também em Uíma, nome do rio que nasce em Santa Maria da Feira e que vai fenecer nesta Vila.
O primeiro documento escrito conhecido, relativo a Crestuma, data do ano de 922. Um documento no qual se menciona uma ermida com o seu cemitério, também no mosteiro e na vila. Terá sido em Crestuma que se recolheu o Bispo de Coimbra, D. Gomado, depois de ter renunciado ao cargo. Nesse ano de 922, Ordonho II, rei de Leão, esteve com o antigo bispo, vindo a Portugal propositadamente para esse encontro. Já no século XI, Crestuma foi transformada em Couto e doada, por D. Teresa, a D. Hugo, Bispo do Porto. D. Afonso Henriques confirmou a doação ao bispado do Porto, numa altura em que exercia o cargo D. Pedro Rabaldis. Crestuma foi também concelho durante pouco mais de um ano, entre 12 de Maio de 1834 e 19 de Outubro de 1835, sendo José Francisco de Oliveira o seu único Presidente da Câmara.
Crestuma chegou a ser uma das freguesias mais desenvolvidas do concelho ao longo do século XX, sobretudo graças à indústria têxtil e à fundição. Na zona da Fontinha, permanecem ainda hoje edifícios que, no passado, fizeram parte da sua zona têxtil. Entre os anos 70 e os anos 80, foi construída, em Crestuma e na vizinha Vila de Lever, uma Barragem para o aproveitamento hidroelétrico do rio Douro. Liderado pela Companhia Portuguesa de Produção de Eletricidade, o projeto viria a ser executado pela Construtora do Tâmega. Iniciada em 1976, a Barragem foi inaugurada em 1985. Em 19 de Abril de 2001, fruto do desenvolvimento alcançado, Crestuma foi elevada à categoria de Vila. Já desde de 29 de Setembro de 2013, a Vila de Crestuma faz parte da União das Freguesias Sandim, Olival, Lever e Crestuma.
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